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12 Mai, 2021

CONTROLE DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA ATIVIDADE MINERAL

Por João Vitor Fonseca | 12 de Maio de 2021 | Água, Mineração, Segurança |

Em todos os processos vitais na natureza tem-se a presença de um fluido único, a água. Na mineração não é diferente, sendo ela necessária durante o processo de beneficiamento, utilizada como forma de transporte, solvente, lavagens em geral ou outras utilidades. Porém, sua influência deve-se ser analisada antes e durante toda exploração mineral.

Aproximadamente 70% do planeta é constituído de água, desse total, apenas 2% é considerável água doce/potável, nesse contexto, uma preocupação maior na atividade mineral é com as águas subterrâneas, sendo elas representadas por 0,96% das águas doces. Dessa forma, em minas a céu aberto ou subterrâneas deve-se ter maior atenção com a interação com o lençol freático. Uma vez que essas águas podem influenciar na segurança operacional e estrutural e, também, reduzir a lucratividade do empreendimento.

O mapeamento hídrico e geológico da região desde a fase de pré-viabilidade do projeto permite a formação de um banco de dados a partir do qual pode-se ter mais controle do processo, antecipar problemas ambientais e, consequentemente, propor possíveis soluções. A partir disso a presença de um engenheiro de minas e um geólogo é de suma importância na área da hidrogeologia para determinar projetos de melhoria e acompanhamento da segurança da mina durante sua exploração.

Diante disso, a partir de estudos na área, algumas alternativas podem ser utilizadas, para torna o empreendimento minerário seguro e economicamente viável, sendo elas:

Rebaixamento do lençol freático: de acordo com Hall (2003), o “rebaixamento do lençol freático” envolve a remoção de uma quantidade de água da massa rochosa ou perfil de solo, de tal forma que os níveis de água sejam rebaixados para brindar a segurança e economia à mina. Porém, sua aplicabilidade deve ser estudada de tal forma que a natureza não seja afetada por essas mudanças.

Despressurização de taludes: tendo como objetivo reduzir o potencial de pressão excessiva dentro dos taludes das cavas. Pode-se utilizar, também um sistema de drenagem para controlar as águas das superfícies dos taludes.

Impermeabilização da superfície: realiza-se a impermeabilizar das fontes de águas superficiais, com o objetivo de encerar o fluxo das águas corrente.

Congelamento da área: tornar-se a água do subsolo em uma parede de gelo, por meio da circulação de fluidos criogênico, consequentemente encerrando o fluxo das águas.

Jet Grouting: uma técnica que consiste em injetar nata de cimento no solo através de jatos horizontais ou verticais de alta pressão, melhorando suas características físicas, como resistência, deformabilidade ou permeabilidade, consequentemente eliminando ou reduzindo o fluxo das águas subterrâneas propostas e existentes.

Poços de bombeamento: são realizadas barreiras externas para evitar a entrada de fluxo de água ao interior da cava ou para aproveitar situações de evidente gradiente hidráulico.

Galerias subterrâneas: os sistemas de galerias são efetivos em casos de aquíferos descontínuos e perturbados, ou no caso de poços de baixo rendimento.

Valas: as valas são projetas na cava para captar as águas pluviais e residuais escoando dos taludes.

Caso seu empreendimento esteja sofrendo alguma dificuldade relacionada a águas subterrâneas, podemos te ajudar!

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