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Como o COVID-19 afeta a mineração?

Por Hugo Drumond | 01 de Abril de 2020 | Covid-19, Mineração, Minério de Ferro |

O coronavírus é um termo utilizado para nomear um grupo viral conhecido desde meados de 1960. O nome dado é devido à aparência que esse grupo possui, a forma de uma coroa. Como consequência das mutações, formou-se o COVID-19 que teve início em Wuhan na China, no final de dezembro de 2019, e rapidamente se alastrou para o restante do mundo. A principal forma de combater a propagação da enfermidade é o confinamento da população, implicando na paralização de serviços não essenciais.

As medidas de segurança abalam diretamente o consumo, o comércio, a indústria e as cadeias de suprimentos, causando prejuízos que chegam a ser comparados à crise financeira de 2008. Fato é que a bolsa chinesa teve sua maior queda dos últimos cinco anos e, no dia 25 de fevereiro, ocorreu queda acentuada das bolsas dos Estados Unidos e da Europa, seguida também pelo declínio da bolsa de São Paulo. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu em 0,5% a projeção de crescimento global, passando dos 2,9% para 2,4% para o ano de 2020.

Os impactos na bolsa de valores refletem a realidade das empresas do setor minerário. As indústrias chinesas, principal destino do minério de ferro brasileiro, foram obrigadas a interromper a produção, seja por falta de insumos ou prezando pela segurança dos funcionários. Essa fórmula foi repetida ao longo do mundo e o desequilíbrio entre a oferta e demanda ocasionou uma queda de mais de 21% no valor dessa commodity no início de fevereiro.



Ainda assim, o minério de ferro foi resistente e obteve novas altas, impulsionados pela paralisação e redução da produção de empresas de vários locais do mundo e pelos investimentos realizados na economia interna por alguns países, a China chegou a investir US$ 175 bilhões, enquanto os Estados Unidos investiram mais de US$ 1 trilhão.

Resistindo bem às turbulências, se comparado às outras commodities, o minério tem futuro ainda incerto, de acordo com análise do Citigroup. A tendência é que o seu valor de mercado caia, em virtude do menor consumo pelas indústrias chinesas. Por outro lado, a possível paralisação de grandes mineradoras na Austrália ou no Brasil podem fazer com que o preço suba, uma vez que será gerada escassez no mercado.

No Brasil, as mineradoras adotaram diversas medidas para continuar com as atividades, de maneira segura. A maior parte das empresas já direcionaram para home office o trabalho administrativo e de suporte às operações, além de incluir normas de segurança no cotidiano, como limpeza, medição de temperatura, escalonamento do horário de almoço, rodízio de funcionários etc.

Destarte, fica evidente que a atual pandemia do COVID-19 não é brincadeira e que todos devemos tomar medidas para nos precavermos. A Minera Jr. como empresa júnior do setor minerário entende a necessidade de manter suas atividades, mas sempre prezando a saúde e integridade dos seus membros, razão pela qual adotamos o home office.