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Desmonte
18 Jul, 2019

Entrevista com Sérgio Catapreta

Por Pedro H. Gazolla | 18 de Julho de 2019 |

Quem é você?

Sérgio Henrique Ferreira Catapreta, AiNaum, pós júnior formado em 2018.1, natural de Montes Claros - MG, que atua na região do norte do estado de Minas Gerais.

S

Atualmente, faz parte da iniciativa de Associação dos Engenheiros de Minas da região, como diretor financeiro.Esta recém idealizada iniciativa visa fortalecer a mineração e sua reputação na região, focando na união dos engenheiros da região, na legalização dos empreendimentos vigentes e na conscientização da população regional.

O que motivou a fundação da Minera Jr?

Os estudantes envolvidos sentiam que o Departamento de Engenharia de Minas necessitava de um melhor preparo de seus discentes para o mercado de trabalho, especialmente devido ao rumo que a mineração tomava no país, já em 2014, com a crise já mostrando as suas caras.

Naquele momento, notava-se claramente que os projetos de extensão universitária e iniciação científica já não eram suficientes para abraçar todos os estudantes interessados em diversificar seus currículos. Notava-se também que o Centro Acadêmico era a única entidade estudantil vigente, e que sozinho não seria capaz de suprir a grande demanda discente por aplicação e ampliação dos conhecimentos.

Sendo assim, procuramos inicialmente ampliar e diversificar as oportunidades de desenvolvimento dos discentes via implementação de uma empresa júnior, embasada pela recém criada Lei do MEJ, lei que referendava o potencial destas entidades estudantis.

Não obstante ao que se esperava, a iniciativa foi plenamente validada, obtendo grande sucesso departamental e institucional, chegando a abraçar diversos discentes em seus primeiros projetos (a empresa chegou a ter 32 membros plenamente funcionais no auge da gestão inicial).

Gosto ainda de pensar na Minera como ponto de partida para o surgimento de um forte movimento discente departamental, marcado pelo surgimento de sucessivas entidades estudantis, mostrando que, daquele momento em diante, os estudantes abraçaram a ideia de engajamento que promovemos. Inclusive, muitas das entidades contavam com membros da recém fundada empresa.

Quais foram as maiores dificuldades encontradas para a fundação da empresa?

Posso dizer que, naquele momento, foram dois os principais gargalos da fundação da empresa júnior: pessoas e recursos.

Contextualizando, um grupo de estudantes já vinha trabalhando o legado do que foi desenvolvido pelas iniciativas anteriores, mas que trabalhava tanto em déficit de pessoal, devido a constante evasão de membros que tomavam conta da iniciativa; quanto em dificuldade financeira para acerto documental, principais gargalos do momento.

Neste momento de instabilidade, eu e mais alguns estudantes do departamento, interessados tanto em ganhar conhecimento de mercado, quanto em aplicar os conhecimentos já adquiridos durante a graduação, por meio de cursos, networking e experiências anteriores, suprimos a demanda pessoal do momento.

Logo em seguida, veio o Movimento Empresa Júnior da universidade para suprir a segunda demanda. A agora notada iniciativa, tanto pelo trabalho em andamento, quanto pela rede de contatos pré-estabelecida pela recém formada equipe, foi convidada pela empresa júnior de produção a realizar um relevante projeto para uma grande mineradora, que permitiu a revitalização do caixa da empresa, assim como trouxe o know how necessário a uma série de pequenos projetos concomitantes.

Com as duas principais demandas encaminhadas, foi fácil dar seguimento as tarefas unitárias de fundação, com professores e técnicos do departamento sempre solícitos, com o apoio do centro acadêmico (até o momento, única entidade estudantil departamental) e com o suporte das redes regional e estadual do MEJ.

Qual foi o momento mais marcante que você passou enquanto fazia parte?

Definitivamente as reuniões, em especial as da empresa e as do MEJ. As guerras travadas por horas a fio durante as reuniões da Diretoria Executiva foram memoráveis! Assim como as reuniões presenciais da FEJEMG, sempre de arrepiar o pelo e fazer o coração bater mais forte! as reuniões são as que mais me relembram o quão acalorado e apaixonado o MEJ é!

Com base em sua experiência no MEJ, quais influências e aprendizados você pôde levar para a sua vida?

Ao vivenciar o MEJ, pude notar que os melhores aprendizados e movimentos partem da interação humana, especialmente quando envolvem indivíduos desenvolvendo suas visões para o mundo em seu campo de atuação.

Os aprendizados técnico-corporativos também foram engrandecedores! Tivemos projetos de todos os portes, fizemos processos seletivos inovadores, participamos de confraternizações, viagens, visitas técnicas, palestras, aulas, ações sociais.. conhecimentos diferenciais na formação de qualquer indivíduo.

Por fim, digo com propriedade que é sensacional ver pessoas desenvolvendo pessoas, estes unidos por uma causa. Tornou-se ali muito claro para mim como as empresas juniores (e as demais iniciativas estudantis) formam um movimento que reforça o senso de propósito em cada um de nós.