Com os rompimentos das barragens em Bento Rodrigues em 2015 e em Brumadinho em 2019, ficou evidente a necessidade do setor mineral utilizar métodos de disposição de rejeitos mais seguros para que a mineração evolua de uma maneira mais responsável socio e ambientalmente.
Uma alternativa às barragens de rejeitos é o empilhamento a seco (dry stacking), método que utiliza filtros prensa para reduzir a umidade dos rejeitos, o que permite que este seja disposto em pilhas. Além de ser mais seguro, esse método é mais sustentável porque reaproveita até 95% da água obtida da filtragem do rejeito. Outra vantagem do empilhamento a seco é que essa técnica aproveita 100% do minério de ferro, ao contrário do método de barragem, onde parte do minério é perdido na polpa.
Quando se leva em consideração os elevados custos de multas e compensações atribuídas às mineradoras quando uma barragem de rejeitos se rompe, torna-se evidente que o empilhamento a seco é economicamente viável. Além disso, estudos recentes de universidades federais têm se mostrado promissores na utilização do rejeito de barragem de minério de ferro na fabricação de materiais para a construção civil, como tijolos e ladrilhos.